Maquiagem ou futilidade?

Muita gente confunde maquiagem com futilidade (muita gente, mesmo). Eu não gosto de ouvir esse tipo de coisa, muito embora eu saiba que algumas pessoas essencialmente fúteis fazem da maquiagem uma rotina de vida. 

Eu comecei a amar maquiagem na época em que eu fazia terapia - quando eu tive depressão. Eu tinha sérios problemas de auto estima e, por gostar muito de cores, eu comecei a me maquiar pra me enxergar mais bonita. Eu sempre me assumi do jeito que sou - com minhas olheiras, espinhas, pele amarelada e sobrancelha por fazer. Mas acho que, da mesma forma que as pessoas pintam cabelo, fazem tatuagem, se vestem bem... É um direito meu me achar mais bonita com maquiagem no rosto. Digo, não dependo disso pra ser feliz, mas é algo que faz eu me sentir bem.

Inclusive, se eu for analisar a minha vontade crua, é perceptível que eu gosto muito mais de maquiar a estar maquiada. E isso acontece porque o que me fascina é a arte, a criação. Esse lance de que "tem que ser assim ou assado" começa a tomar outros horizontes quando você percebe que, na verdade, não existe uma obrigatoriedade nesse assunto. A maquiagem deve fazer as mulheres se sentirem livres, e não presas ou forçadas a seguirem um padrão. 

Acho que o erro se faz presente quando o ato de se maquiar transforma-se numa obsessão. "Tenho que ter a base mais cara.", "Não posso sair de casa sem corretivo!", "Se eu não tiver aquele produto novo, eu vou surtar!". Afinal, é pra fazer bem ou mal?? Pra mim, obsessão é doença.

É só um desabafo mesmo, porque eu vejo muitas meninas - não só blogueiras - com esse tipo de comportamento (do tipo "tem que ser"). E é algo que eu repudio muito.